sábado, 24 de março de 2012

Educação - Não imputem essa responsabilidade SÓ à escola

Nos países onde prevalece uma boa educação, há respeito e zelo pelo cumprimento das leis, condena-se a corrupção e os privilégios, pratica-se a cidadania. Em consequência disso, há desenvolvimento.
As nações que priorizam e valorizam a educação , a ascensão profissional-económica, surge através do esforço em anos de estudo e trabalho. O contrário ocorre nos países que não valorizam a educação, desprezando-a,  manipulando-a, em que a maioria visa uma mudança de vida sem dedicação e esforço, quer uma ascensão a partir de prémios lotéricos, no ramo artístico, desportivo, delinquência, ...
O desenvolvimento é uma questão cultural.A cidadania é exercida, por uma população fortemente académica e instruída de conhecimento. No geral essas pessoas apresentam bom poder aquisitivo.

Enquanto isso, nos países onde a educação é esquecida, desprezada e até mesmo manipulada, as pessoas a todo o momento são facilmente corrompidas entre outras atitudes questionáveis que, ocorridas coletivamente, comprometem o crescimento político-econômico-administrativo do país.
A educação é fundamental para a transformação de uma nação, pelo que os países que não valorizam a ética, o trabalho e a educação em geral, apresentam economias frágeis,  refletindo-se em todas as estruturas; a habitação, a saúde, a qualidade e expectativa de vida. 

A responsabilização da educação, naturalmente, não pode ser unicamente imputada ao estado/ministério de educação/escola/professores.
Percebemos que a família tem papel fundamental, embora muitas delas estejam a conceder toda esta responsabilidade à escola. 

Realizando uma análise comparativa da vida social, económica e familiar atual com a de umas gerações anteriores, recordamos que antes as famílias tinham uma estrutura muito específica em que, as mães eram donas de casas e tinham como obrigação educar seus filhos, impor regras, respeito para com os próximos... e os pais saiam para trabalhar, pois eram responsáveis pelo sustento da casa. 

Atualmente, deparamos-nos com uma realidade diferente. 
Desde algumas décadas as mulheres têm lutado (e justamente) para ter os mesmos direitos sociais e laborais dos homens.
Ao longo dos tempos foram dadas oportunidades de vencer profissionalmente, e são cada vez mais as mulheres que ocupam cargos importantes, entre outros.
Cada vez menos está intrínseca a ideia que, às mulheres, as suas funções, são limitadas às atividades domésticas e familiares, não lhes sendo dadas oportunidades profissionais.
Desta forma, pais e mães, ocupam os mesmos espaços e horários laborais, não sobrando muito tempo para a sua prole, que acaba por passar muitas horas nos estabelecimentos de ensino, A.T.L., entre outros.
As escolas recebem, com frequência, crianças doentes, carentes de afetividade, agressivas, ...

Quando se fala de educação, o seu conceito, atualmente, deverá ser exponencialmente alargado.
Na escola não se aprende apenas a ler e escrever, mas também a  disciplina, as regras de uma boa convivência, as amizades, os afetos, as paixões, as atitudes, tudo aquilo que os ajudam diariamente a resolver suas dificuldades dentro e fora da escola e a formar cidadãos autónomos, livres de pensamento e capazes de exercer a sua cidadania de forma construtiva e eficaz.

Participem ativamente na educação dos vossos filhos.


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