E não é que um alarve alemão que ninguém conhece, que não foi eleito nem para o nosso parlamento nem para o parlamento europeu, apresentou esta manhã os resultados do terceiro exame ao programa de ajustamento e, pasmem-se, acha que dever-se-á tornar o corte dos subsídios de Natal e de férias definitivo.
Mas o mais chocante nas declarações de Peter Weiss é a hipocrisia de sugerir que a Troika não sabe por que razão o desemprego cresceu (como se não soubesse muito bem que um dos resultados da aplicação de políticas de austeridade é sempre o desemprego), alvitrando que terá acontecido porque, cito: "mesmo a pedido dos trabalhadores, porque têm interesse em ter uma duração maior dos benefícios de desemprego.
Pode ser um comportamento "do tipo 'em vez de me despedir em Abril, despeça-me em março'". Isto é a sério.
E apenas é possível dizer uma coisa destas porque ele sabe que nunca responderá perante ninguém - ao contrário dos políticos que vão a votos e terão sempre de responder perante os seus eleitores.
Entretanto, Vítor Gaspar, o ministro das Finanças, já disse que o corte dos subsídios "só pode ser temporário" "O corte é temporário" e irá vigorar "durante a vigência do programa de ajustamento" que oficialmente termina em 2013, ainda que se possa prolongar até 2014 já que há medidas previstas para esse ano.
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