No dia 26 de abril de 1986, deu-se o maior acidente nuclear da história, na Central Nuclear Chernobyl, na Ucrânia. O acidente foi escondido, pelo governo soviético, da comunidade mundial e só descoberto quando os altos niveis de radiação foram detetados noutros países.
O acidente produziu uma nuvem radioativa que atingiu toda a URSS, Europa Oriental, Reino Unido e Escandinávia.
Segundo dados dos peritos, a explosão provocou fugas de radioatividade para a atmosfera equivalentes a 100-500 bombas atómicas como a que foi lançada sobre Hiroshima.
A explosão poderá ter ocorrido devido a erro humano, durante a realização de um teste de segurança.
É extremamente difícil informar a quantidade exata de pessoas que morreram devido ao acidente, mas a ONU divulgou um relatório em 2005 que atribuiu 56 mortes e uma estimativa de cerca de 4000 pessoas que possivelmente morreriam no futuro por doenças relacionadas aos eventos de Chernobyl.
De entre as causas do acidente destaca-se a pouca instrução dos operadores, os defeitos nos reatores, a rejeição às manifestações decorrentes da falta de informação, à falta de comunicação correta entre os escritórios de segurança e os operadores.
O número de vítimas é muito dispare, oscilando entre os 100 e 200 mil. Atualmente, a radiação continua a fazer sentir-se na Bielorrússia, Ucrânia e Rússia, onde há uma área de 200 mil quilómetros quadrados de terras contaminadas.
O encerramento definitivo da Central de Chernobyl foi acordado entre os sete países mais industrializados do mundo (G7) e a Ucrânia, em 1995, tendo esta recebido compensações financeiras substanciais.
Depois de várias reuniões de países e organizações doadores, foi possível conseguir meios para dar início à construção do segundo sarcófago sobre o quarto reator, que permitirá evitar fugas radioativas nos próximos cem anos, bem como de contentores para guardar resíduos radioativos.
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